sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Crítica de 'Rush - No Limite da Emoção'


"Eu quero ganhar esse título depois de disputá-lo na pista com Lauda. Se na próxima corrida ele estiver na platéia, o título não terá o mesmo gosto". Com essas palavras - ditas dentro e fora da ficção - o piloto galã James Hunt poderia estar narrando exatamente o que se esperar de 'Rush - No Limite da Emoção': competitividade. Com essa premissa, o diretor Ron Howard (Uma Mente Brilhante), não poderia ter se saído melhor. Em meio ao drama de dois atletas enfrentando suas próprias limitações, está a incansável disputa pelo próprio respeito e o combustível necessário para se aquecer seus próprios egos.

Ambientado na era dourada da Fórmula 1, o longa narra a emocionante história de dois dos maiores rivais que o mundo já viu: o playboy inglês James Hunt (Chris Hemsworth) e seu metódico e brilhante oponente austríaco, Niki Lauda (Daniel Brühl), cujos embates nas pistas sintetizaram o contraste entre duas personalidades extraordinárias, uma distinção que refletia também em suas vidas privadas. Acompanhando a trajetória deles dentro e fora das pistas, 'Rush - No Limite da Emoção' observa os dois pilotos enquanto eles se esforçam para atingir a máxima resistência física e psicológica, onde não há atalho para a vitória, nem margem para erros. Caso seja cometido algum deslize, a única certeza que pode existir é a morte.


Embalado pela incrível trilha sonora de Hans Zimmer, sempre pertinente ao ser executada nos momentos adequados para deixar o espectador completamente envolvido com a trama e suas personagens, 'Rush - No Limite da Emoção' ainda conta com ótimas atuações de Daniel Brühl (Adeus, Lenin!) e Chris Hemsworth (Thor). Ambos demonstram carisma e executam seus papéis de forma bastante carismática e que deverá agradar a todo tipo de público, tanto aos amantes do automobilismo quanto aos cinéfilos que buscam uma ótima escolha de filme.

Outro aspecto interessante na produção deste filme é que, aos 64 anos, Lauda esteve presente de forma ativa na elaboração do roteiro de Peter Morgan (360). Roteiro, este, que é o grande responsável pelo sucesso do filme, já que é através dele que até mesmo os não-admiradores dos esportes irão se encantar pelo longa, recheado de elementos narrativos interessantes que recriam a época dos anos 70.

Seja por sua equipe técnica, atuações, direção e roteiro ou apenas pelo simples prazer da satisfação curiosa de se entender o porque deste filme realmente estar dando o que falar, vale a pena ir aos cinemas para conferir esta produção que pisa firme no acelerador da emoção e embarca profundamente no âmago destas duas lendas do esporte automobilístico.